domingo, 23 de setembro de 2012

[Fanfic] - Família Robsten by Sonhadora - Capítulo 3

Título: Família Robsten 
Autora(o): Sonhadora
Shipper: Robsten
Gênero: Romance, drama
Censura: +16
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Álcool, Drogas, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo, Violência








CAPÍTULO 3
Dezenove anos depois...
– Pai... Por favor... – Sara pedia enquanto o seguia às presas quase correndo atrás do pai assim que os avistei, próximo a nossa casa.
– Nem pensar. Esquece, isso não vai acontecer.
– Mas pai eu já tenho dezoito anos. E isso vai acontecer com ou sem sua permissão.
– Então porque está me perguntando? – Rob entrou em casa passando por mim visivelmente irritado, mas logo voltou e depositou um beijo em meus lábios. – Bom dia honey!
– Bom dia. – falei voltando a terminar de colocar a mesa do café da manhã. – Estou começando a me encher disso. – falei calma, vendo-os se acomodarem na mesa depois de lavarem as mãos.
– Mãe, por favor.
– Não estou aqui. Alguém está me vendo por aqui?
– Não estou. – Rob afirmou sorrindo safado.
– Não falei com você. – falei séria, morrendo de vontade de gargalhar. – Rick desce para o café. Você já está atrasado. – gritei da mesa, ouvindo em seguida os passos agitados do nosso filho.
Olhei-os à mesa. Nossa família reunida. Tentávamos proporcionar isso o máximo possível. Robert sempre exigiu isso, mesmo quando nós estávamos gravando intensamente, desde a infância de nossos pequenos.
Parece que foi ontem que nos vimos pela primeira vez na casa de Cath e que nos apaixonamos e enfrentamos tudo para hoje estarmos aqui como uma verdadeira família.

Sara já tinha dezoito anos e queria a todo custo convencer o pai a receber o namorado em casa para ele nos conhecer ou nós o conhecermos. O pai estava irredutível quanto a essa questão. Ele não queria nem ouvir falar de um namorado, imagina recebê-lo em casa. Para Rob a nossa Sara ainda era muito nova para começar a namorar, cabeça de homem não muda independente do século. 
Ela foi o fruto daquela noite em que mesmo com fome ele prometeu e tratou de fazer o nosso primeiro filho. Assim que Sara nasceu eu presenciei o sorriso mais lindo do homem que amava misturado com lágrimas antes de deixar nossa filha em meus braços. Decidi desde então que queria vê-lo novamente em breve. Ela tinha os olhos parecidos com os meus, como era o desejo do pai, mas o resto em sua face e mesmo em suas atitudes era herdado dele.
Cabelos loiros, olhos verdes, e o seu sorriso denunciavam de quem era filha. Desde cedo decidiu seguir o passos da família do pai e iniciou a carreira de cantora. Eu não queria, mas ela mesma nos convenceu exibindo sua linda voz na nossa troca de alianças doze anos depois do seu nascimento.
Como desejava rever aquele sorriso bobo, mas lindo, de Rob novamente decidi surpreende-lo engravidando dois anos depois de Sara, assim que terminamos a divulgação de Amanhecer.
Richard nasceu com os olhos do pai, seus cabelos loirinhos e seu lindo sorriso. Fiquei indignada diante da copia viva de Rob.
“Ele não tem nada da mãe. Isso é uma injustiça.” reclamei assim que Rob entrou no quarto.
“Sabe o que dizem quando isso ocorre? Robert me questionou com o nosso pequeno nos braços “que isso acontece quando a mulher é desesperadamente apaixonada pelo marido.” Ele sorriu safado “e outra ele tem o seu temperamento honey. Assim que você o trouxe ao mundo ele chorava desesperadamente.” Rob brincou as gargalhadas.
“Muito engraçado.”
Eu realmente o amava, isso não tinha como contestar. 
Aos 15 anos Rick realmente herdará meu temperamento, era quase um rebelde sem causa. Vivia brigando com Rob para trazer as meninas para casa. Nunca que eu iria permitir tal coisa a menos que Sara pudesse trazer o dela também. Sei que mudei! Ninguém me reconhece hoje, nem mesmo eu. Ser mãe requer mudanças. Mas apesar de suas rebeldias instantâneas jamais havia nos proporcionado nada grave e ora ou outra acabava confessando que nos amava. Quanto à profissão era evidente que nascera para interpretar, mas falava que não tinha escolhido ainda. Realmente meu temperamento.
E assim éramos a Família Robsten! Como ainda hoje nossos fãs nos chamavam. Uma família construída sobre o alicerce do amor.
E assim éramos a Família Robsten! Como ainda hoje nossos fãs nos chamavam. Uma família construída sobre o alicerce do amor.
Mas como todas as famílias passamos por grandes desafios, alegrias e conquistas.
– Senta aí Rick. – mandei assim que ele surgiu na porta
– Mãe eu preciso ir. A galera está me esperando na escola.
– Nada disso senta aá e toma café. – falei em vão.
– Tchau velho! – ele piscou para Rob antes de sair – Conversaremos mais tarde, preciso de umas dicas do garanhão de Hollywood.
– Nem começa. – gritei vendo-o sair às pressas. – Quero todos em casa para o jantar.
– Ok. Estarei em casa as nove.
– Mas um jantar especial mãe?
– Será sim.
– Então eu posso convidar o meu namorado?
– Nem pensar. – Rob que até então estava calado se manifestou. – Não quero esse aí em nossa reunião familiar.
– Pai ele é meu namorado. Vocês vão ter de conhecê-lo um dia. É importante para mim, eu gosto dele, poxa. – Sara quase chorou me fazendo encará-la.
– Pode trazê-lo filha.
– Kristen.... – Rob me encarou se calando em seguida assim que nos olhamos. Jogou o lenço na mesa e saiu bufando.
– Obrigada mãe. – Sara sorriu feliz.
Naquele momento soube que ela estava amando pela primeira vez e mais do que nunca realmente precisávamos conhecer esse garoto que enfeitiçara a minha pequena Sara.
– Não me agradeça ainda. Isso me custou uma briga de dias com seu pai. – falei depois de observar o sorriso ainda persistente no rosto dela.
– Sinto muito mãe, mas é...
– Muito importante para você. – completei – Já entendi.
– Obrigada. – ela me agradeceu com um beijo no rosto antes de sair.
Deixei o café de lado e fui atrás do Rob que estava no banho.
– Ei! – o chamei encostada no vidro do box.
– Porque você fez isso? – ele me perguntou ainda sob a água.
– Rob ela cresceu.
– Ela nunca trouxe nenhum dos namorados dela em casa. Você sabe o que isso significa. – sorri diante da análise dele.
– Amor. - chamei.
– O que é?
– Ele é só um namorado dela. Nada de mais.
– Você é que pensa. – Rob estava morrendo de ciúmes ou seria outra razão? 
– Existe algo que você saiba que eu ainda não sei?
– Claro que não. – mentiu.
– O que é Robert?
– Nada.
– Você acha que não o conheço depois de mais de vinte anos juntos?
– Ok. Eu... – ele fechou os olhos com força. – Eu.. estou com alguns problemas na produtora. – mentiu mais uma vez em menos de dez minutos.
– Sério? – cruzei os braços encarando-o e vendo-o me olhar dos pés a cabeça com luxúria.
– Sério love. Mas quero fazer uma coisa antes de conversarmos sobre isso. – sem muito tempo para reação fui puxada para a água.
– Droga Pattinson. – briguei me vendo molhada. – Eu tenho um compromisso agora pela manhã.
– Seu compromisso em primeiro lugar é com seu marido. Sou prioridade em sua vida. Ou não sou mais?
– Desde os nossos filhotes você perdeu o lugar honey. – brinquei sentindo-o puxar os meus cabelos da nuca se preparando para me devorar.
Nossos beijos sempre eram ferozes. Mesmo após anos juntos a relação nunca caia na rotina. Nunca deixamos isso acontecer. Rob sempre fazia questão de inventar algo para sairmos da maçante rotina caseira. Insaciável como sempre, mesmo depois de anos era o garanhão de Hollywood como nosso filho o chamava ora ou outra.
Aquela manhã Rob estava mesmo inspirado, nós havíamos feito amor no banheiro e depois de ter me levado para cama ainda estávamos insaciáveis. Ele havia saído para a produtora sem nos despedirmos. Despertei somente a tarde constatando que havia perdido a consulta marcada para a minha primeira ultra. Pretendia preparar o jantar, era mais um momento único para minha família certamente, especialmente para o Rob que vez ou outra falava em aumentar a família. Quando já estava terminando de preparar a mesa o telefone tocou e ao atender me deparei com a minha agente falando de um filme baseado em um romance hiper antigo e me queriam na produção, sem pensar duas vezes e sem mais perguntas fui logo rejeitando a proposta, dentro de alguns meses minha barriga já deveria estar aparecendo e não daria para fazer o filme. Tinha acabado de sair do banho quando Rob chegou em nosso quarto.
– Oi. – cumprimentei ainda da porta vendo-o de cabeça baixa.
– Olá. – ele ainda não olhava para mim.
Segui até o meu longo espelho e comecei a me maquiar.
– Tudo bem na produtora? – o olhava pelo vidro a minha frente. Percebi que ele começava a tirar a blusa e depois os sapatos.
– Bem... Recebi uma proposta para um filme, mas a atriz que seria minha patner recusou logo de cara, sem mesmo querer saber do que se tratava. – sorriu de lado.
– Oh Rob! – gritei correndo para sentar ao seu lado. – Amor, qual era o filme? Do que se tratava? – entrelacei meus braços nos seus e ele beijou a minha cabeça delicadamente como se eu fosse uma criança, coisa que só acontecia quando algo o atormentava.
– Sempre intempestiva. – se não percebesse que ele realmente estava triste eu o teria agredido ali mesmo.
– Sinto muito amor. Você soube desde quando que seriamos nós?
– Assim que você recusou. O texto é bem interessante apesar de simples. – ele retirou da sua pasta o roteiro me entregando. Passava o olho pelos papeis rapidamente. – Trata-se de uma história típica de amor entre secretária e patrão, mas o diferente é que a adaptadora vai focalizar, dar mais ênfase do que está no romance, na questão da violência familiar.
– Entendi. – falava ainda olhando para o roteiro. – Tem cenas bastante... Podemos dizer que... hummmm?! – sorri recebendo um beijo suave no lábios. – Ainda posso voltar atrás?
– Podemos dar um jeito nisso se é o que você quer mesmo. – Rob sorriu malicioso – Até mesmo porque temos mais conhecidos no elenco. Viu que tem várias amigas, não viu?
– E?
– Eu já sei quem é uma delas.
– Jura? E quem é?
– Talvez uma certa Ashley Green.
– Não acredito! – gritei – Eu falei com aquela falsa ontem e ela não me falou nada. Ela estará morta assim que eu encontrá-La. – ficamos em silêncio por alguns minutos. – Seria muito legal nos três fizéssemos isso.
– Talvez quatro. – eu o olhei de lado – Nikki. – sussurrou.
– O que ela seria sua?
– Ex-namorada.
– Em seu devido lugar, eu estou certa.
– Com certeza. Seria uma pequena participação.
– Muito bom. – sorrimos juntos voltando a folhear aquelas páginas.
– Ainda quer mesmo voltar atrás? – ele me perguntou depois de uns minutos de silêncio.
– Não sei. Quanto tempo durariam as filmagens?
– Dois a três messes. – ele levantou meu rosto para encará-lo. – Gostaria de trabalhar com seu maridão aqui?
Olhei por alguns instantes. Retirei minha toalha e sentei em seu colo. Abraçando-o com as pernas. Beijei-o nos lábios sentindo-o tenso. Rob me devorou com os olhos mas não retribui o o meu beijo como eu gostaria.
– Gostaria de ter a sua esposa como uma verdadeira amante?
– Pensei que já tivesse. – ele afirmou pegando em minha cintura.
– É você tem. – sussurrei em seu ouvido provocando-o sob a calça.
– O que está querendo Kristen?
– Kristen? – ele só me chamava assim quando estava ou muito tenso ou bravo. – Porque não me conta o que está acontecendo? Tem haver com a minha recusa?
– Não.
– Com o jantar?
– Não. – segurou em meu rosto me olhando fixamente. – Nunca esqueça que eu amo você. Cada ano que passa, cada filho, cada sorriso, até mesmo as brigas é contribuição para o crescimento do meu amor por você. – colei minha testa a sua já emocionada.
– Jamais esquecerei.
– Independente do que vamos enfrentar daqui para frente?
– Independente. Mas... poderia me explicar o que iremos enfrentar? – meu estômago já roia de tanto nervoso.
– Conversaremos após o jantar. Já estamos prestes a atrasar. – inglês e suas preocupações com o relógio. Ele me tirou do seu colo indo em direção ao banheiro.
– Rob. – ele me encarou da porta. – Também amo você loucamente. – ele sorriu voltando para me beijar.
– Irei cobrar o “loucamente” depois do jantar. – sussurrou ao pé do meu ouvido deixando uma corrente elétrica espalhar por todo meu corpo.
Robert realmente estava muito preocupado dessa vez. Fazia muito tempo que eu não o via dessa forma, e deveria ser algo realmente sério para ele esconder de mim. Em vinte anos de casamento, lembro-me de situações que o deixaram dessa forma, como a crise da gravadora e da ameaça de perda do nosso Richard. A última razão foi a mais difícil de Rob aceitar. Ele havia passado os últimos quatro meses praticamente grudados na minha barriga. Nunca existiu nada na minha vida e na dele que fosse mais importante que nossa família, nossos filhos. E agora a sua preocupação me atormentava. O que era problema dele era meu. Havíamos decidido sermos apenas um, então ele teria que me contar de qualquer forma o que o estava preocupando, e não passaria dessa noite. Assim que terminei desci para encontrar minha princesa aos nervos.
– Mãe ele está chegando e o papai não desce. Falei para ele não fazer isso. Eu fujo de casa. – ela ameaçou.
– Dramática. – esbravejei da cozinha. – Já falei para você, hoje, que é igual ao seu pai? – perguntei ainda sorrindo acabando de retirar o peru do forno. Ela não me respondeu e assim que levantei os olhos encontrei os dela tensos.
– Eu sei que sou. E eu o amo, mas se ele não cumprir o que prometeu eu morro. – pela primeira vez senti que o caso estava ficando mais grave do que eu imaginava.
– O que está acontecendo aqui?
– Nada. – Rob falou entrando na cozinha daquele jeito inglês. Elegante em sua camisa azul marinho e deixando seu cheiro por onda passava.
– Nossa pai. – Sara sorria. – Você quer impressioná-lo ou ao pai dele?
– Ele não seria louco de vir a minha casa. – ele falou repleto de raiva nos olhos. – Não brinque comigo garota. – agora ele parecia ameaçar apontando o dedo em direção a nossa filha.
A minha única reação foi a paralisia. Apesar das discussões eles nunca haviam chegado a esse ponto. Rob sempre era o apaziguador, não o demolidor. Ele estava inundado de raiva. E vê-lo daquela forma com Sara me fez tremer. Só voltei ao meu estado normal assim que vi uma lágrima descer pelo rosto de Sara, meu sangue pareceu bombear para meu coração.
– Oh céus! – a bandeja que eu segurava foi parar no chão. Quando ia abrir a boca a campainha tocou.
– Acho melhor abrir a porta. – Sara falou engolindo o choro. – Pai ele não é o pai dele. – falou antes de sair e nos deixando a sós.
– Droga! – Rob gritou atirando o copo contra a janela.
– Robert Pattinson. – chamei vendo-o chorar.
Como eu não pude ver o que estava acontecendo? Pai e filha em pleno tempo de guerra. Nunca imaginei passar por isso em nenhum momento de minha vida. Eu estava tão perdida em minha nova novidade, minha alegria, que esqueci do que estava ao meu redor. Pelo menos uma coisa tinha certeza, o x da questão era o namorado de Sara, mas aquilo não poderia ser apenas ciúmes.
– Ei velhos. O mauricinho chegou. – Rick nos chamou entrando na cozinha.
– Algum problema por aqui? – ele perguntou ao ver Rob com os olhos vermelhos.
– Não filho. Já estamos indo. – avisei vendo-o sair. – Independente do que Sara tenha feito não poderia tê-la machucado dessa forma. – falei me aproximando dele que ainda estava de cabeça baixa. – Rob olhe para mim. – pedi ciente que o que quer que fosse isso o estava matando.
– Ela não poderia ter feito isso comigo, com você... – ele reclamou ainda com raiva.
– Amor, é só um namoro. – eu mal havia terminado de falar ele enxugou as lágrimas e levantou.
– Vamos. – pegou minha mão me arrastando pela cozinha. – Você vai entender do que estamos falando.
E assim partimos não somente para a sala, mas para o momento que certamente marcaria mais uma vez nossas vidas. Ali começaríamos a vivenciar o nosso grande desafio como pais e casal.


Assim que nos aproximamos percebi a forte sensação da atração que existia entre eles dois. Os olhos de Sara estavam iluminados pela visível paixão que os envolvia. E parecia que era algo recíproco, uma sensação que me remeteu ao passado, à minha história com o Rob. Mas algo fazia meu coração acelerar. Quem poderia ser esse jovem que estava arrasando a relação mais perfeita que eu já havia presenciado entre pai e filha?
– Mãe, este é o... – o seu sorriso era esplendido.
– Júnior. – o rapaz me cumprimentou estendendo sua mão. Algo naquele rosto me era familiar. Muito familiar e meu coração ficou ainda mais acelerado. Retribui a mão e... “Ele não é o pai.” – as palavras de Sara latejaram em minha cabeça.
– Oh droga! – pensei alto levando minha mão a boca.
– Somente Júnior? – Rob o questionou ciente que eu havia percebido.
– Júnior Angarano. – ele falou ainda sorrindo.
“Não pode ser” – minha mente vagava em algum lugar que não era aquela sala. Comecei a sentir um tremendo enjôo e de repente tudo a minha volta girava.
– Krist... – foram as últimas coisas que ouvi antes de sentir os braços de Rob ao meu alcance.


Continua...

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