Fanfic - We Found Love by Ana Elisa Renault - Capítulo 3

Sinopse: Um amor, uma paixão, uma dor, uma notícia inesperada em umas férias de verão. Como eu iria sobrevier a tudo aquilo?

Classificação: +16
Categorias: Saga Crepúsculo 
Personagens: Bella Swan, Charlie Swan, Edward Cullen, Jacob Black
Gêneros: Drama, Romance
Avisos: Sexo
Capítulo Anterior: Capítulo 2 - O cara do milk shake
Próximo capítulo: Capítulo 4 - Nós encontramos o amor

Notas da história: Esta fanfic foi baseada no filme A Última Música (The Last Song) e na música We Found Love de Rihanna.

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Capítulo 3 - Noite de mudanças (metamorfoses)

Me preparei mais uma vez para dormir ao lado do ninho de tartarugas. Só que essa vez recebi uma companhia inesperada. Era Edward. Estava sentada na minha cadeira de praia, lendo o livro “Otelo” de Shakespeare, quando de repente ele aparece.

– Boa noite. – disse ele ajeitando a cadeira de praia ao lado da minha.

Fiquei sem responder nada. Ele então observou o livro que eu estava lendo e então disse:

– Shakespeare. O famoso Shakespeare. “Aprendi que não posso exigir o amor de ninguém... Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim... E ter paciência para que a vida faça o resto...”. – ele fez uma famosa citação de Shakespeare.

– Está tentando me impressionar citando Shakespeare? – perguntei.

– Não. Na realidade estava traduzindo. Mas já que me perguntou. – então ele começou a recitar outra frase de Shakespeare, só que traduzida.

Ele deu uma risadinha fofa, depois abriu sua mochila e começou a retirar dela as coisas que havia trazido.

– Vai se mudar para cá? – perguntei.

– Se eu quero dormir, tenho que ter algo que assuste os guaxinins. Eles não gostam de música nem de luz. – respondeu ele retirando um som portátil e um lampião da mochila.

– Está pensando em dormir aqui? – perguntei.

– Não. Estou apenas fazendo meu trabalho. O que faz por aqui?

– Vim passar o verão aqui na casa do meu pai, junto com meu irmão. Minha mãe nos trouxe. Também para cuidar de um ninho de ovos de tartaruga e para um jogador de vôlei e voluntário de um aquário dar em cima de mim a cada 5 minutos. – disse ironicamente.

– Não estou te cantando. Sério, sou noivo. – respondeu.

Tenho que admitir que fiquei surpresa e triste ao mesmo tempo quando ouvi aquelas palavras saírem da boca de Edward. Eu gostava daquele cara e o odiava ao mesmo tempo, desde o primeiro dia em que o vi. Acho que apenas não queria admitir que estava completamente apaixonada por ele. Algo me chamou a atenção nele, desde a primeira hora em que o vi. Eu não conseguia explicar. Acho que estava realmente apaixonada por alguém pela primeira vez na minha vida. Eu então fiquei uns segundos admirando aquele rosto que possuía um encaixe perfeito, aqueles olhos cor de mar e aquele cabelo que parecia mais algo de outro mundo. Só naquela hora, em que eu senti que o perdi, realmente me dei conta de que eu estava apaixonada por ele. Mas acho que já podia ir desistindo dele. Ele estava noivo, então não tinha a menor chance de ficarmos juntos.

Ficamos ali, sentados um do lado do outro, cada um lendo o seu livro. Ás vezes ele parava de ler o livro para me dar uma olhadinha, ás vezes eu retribuía o olhar ou então ás vezes eu parava de ler para dar uma olhada para ele. Acho que estávamos apaixonados um pelo outro, mas apenas não queríamos admitir. Nossos olhares se encontraram ele deu um sorriso fofo e meio torto, eu retribui com outro sorriso.

Até que o meu pai apareceu para estragar o clima. Quando estávamos finalmente nos encontrando, nos conhecendo, nos entendendo, nos amando, o meu pai aparece e diz:

– Boa noite. – com uma voz grossa e brava.

– Boa noite, senhor. – respondeu timidamente se levantando da cadeira para cumprimentar meu pai.

– Se importa? – perguntou meu pai, segurando e afastando a cadeira de Edward de perto da minha.

– Não, senhor. Eu entendo. – respondeu ele.

Parecia que meu pai, queria que Edward ficasse bem longe de mim. Tinha certeza que estava me espionando. Confesso que detestei ele ter feito isso. Resolvi ficar calada e não falar nada. Era um ciúme bobo de pai.

Edward e eu nos olhamos, eu coloquei a mão no meu rosto, tentando tampá-lo. Estava me sentindo super envergonhada. Edward então não disse nenhuma palavra. Ficamos ali, lendo cada um seu livro até alguém cair no sono.

Amanheceu. Edward levantou primeiro. Depois eu levantei. Eu decidi então que iria recomeçar tudo. Iria ser mais legal com Edward e inclusive com meu pai. Aquela noite passada me fez refletir muito. Acho que eu estava mudando. Assim como uma borboleta que entra em metamorfose, cresce, deixa o casco, sua morada e depois voa. Vai viver a vida. Eu me sentia diferente. Então disse:

– Vamos recomeçar. Essa noite foi legal. – disse estendendo a mão para cumprimenta-lo.

Edward deu um sorriso aberto. E estendeu a mão para encontrar a minha e disse:

– Meu melhor encontro.

– Não foi um encontro. – retruquei.

– Poderia ser, se me acompanhasse ao trabalho. – disse ele.

Entendi aquilo como se fosse um convite romântico. Acho que Edward estava apaixonado por mim. Mas como, se ele estava noivo?

Resolvi ir com ele ao trabalho. Ele me levou ao aquário lindo aonde ele trabalhava. Era um aquário enorme, cheio de vida. Era ele quem cuidava de tudo. Limpava, cuidava dos animais, da manutenção, de tudo. Ele então mergulhou no aquário e me convidou para ir junto, só que eu não quis. E como eu estava sentada na pedra, que fica na superfície do aquário, na parte de cima, ele acabou me puxando e me jogando de roupa e tudo dentro do aquário. Nos divertimos muito naquele aquário. Acho que agora tivemos um encontro de verdade. E cada vez eu estava mais apaixonada por ele. Acho que tínhamos encontrado o amor.

O único problema era que ele era popular, bonito, muito bonito e a cidade era pequena, então a maioria das garotas dava em cima dele, ou já tinham namorado com ele. Nós então saímos do aquário e fomos para a praia.

Chegando lá uma das “amigas” dele, me viu de mãos dadas com Edward. Ela então veio falar comigo, que ele sempre leva as garotas para o aquário, mostra os peixes a elas e depois as namora. Então eu logo pensei que eu não era a única. Ela já havia feito isso que ele fez comigo com outras garotas. Era só mais um galinha. Eu estava certa. Não podia namorar um cara popular e bonito. Por mais doce, legal e bonito que ele fosse. Resolvi desistir dele. Por mais que meu coração doesse, por mais que eu o amasse. Eu resolvi acreditar naquela cachorra.

Edward veio atrás de mim, na minha casa. Eu o mandei ir embora, mas ele ficou do lado de fora, parado, sem entender, porque eu havia feito aquilo com ele. Ele perguntava do outro lado da porta:

– Diga-me o que está acontecendo. Por favor? Foi a Rosalie? – perguntou ele.

Eu então abri a porta, sai e disse:

– Olhe. Eu não vim para cá para viver um romance estúpido de verão com um garoto bonito, sensual e popular que faz isso um um milhão de outras garotas! É melhor você ir embora.

– O quê?

– Rosalie me contou sobre as garotas com quem você ficou. Eu apenas não quero ser a próxima da sua lista. Indo nos mesmos lugares, fazendo as mesmas coisas. Não. Eu não quero isso. Acho que o melhor seria a gente terminar por aqui.

Eu sai andando em direção a casa do meu pai, enquanto Edward ficou lá.

– Terminar? Terminar o quê? O que nunca aconteceu? Sim, eu sai com outras garotas antes de conhecer você. Mas isso foi antes de você. Com pode ficar irritada? – perguntou.

Indo em direção a ele eu disse:

– Edward, não ouse colocar a culpa em mim. Você e eu sabemos que não é minha culpa é... – ele então interrompeu minha fala com um beijo.

Naquela hora eu tive a certeza de que ele era único. Ele me abraçou e me envolveu com aqueles braços fortes, mas delicados. E então disse:

– Você não é como as outras garotas. Você é única. E eu estou completamente e irrevogavelmente apaixonado por você. – me dando outro beijo.

Agora eu tinha certeza de que ele me amava e estava realmente apaixonado por mim. Acho que tínhamos encontrado o amor e acho também que agora seriamos namorados.